quarta-feira, 30 de novembro de 2011

agora é tarde

pra que eu fui brincar de existencialismo?
não sou poeta!
não sou filosofo!
não sou artista ou escritor!
agora, apenas sofro!

perdi quem sou.

ai pobre coração
porque me transformou nesse doente
amante por dentro
intragável as vistas
exímio controlador do que não sou.

Quatro anos e parei de fumar.

Ficou de fora em fumaça
as pobres palavras que eu havia tossido
enquanto fumava meu ultimo cigarro já esquecido
não era poeta, eu sempre me esqueço.

Dois tragos que arrastam o meu ser para ninguém
onde acendo meu desejo de tempo lunar, corriqueiro
me sopro sempre o mesmo.

Morreu o poeta que não queria mais pensar
ligava o som pra buscar dialogo esquizofrênico.
Terminando o ultimo cigarro desfruto finalmente o verdadeiro sentido do meu enfado desespero em me adorar pelo avesso.

Ressuscito-me amanhã e não agora
o meu ultimo trago fez barulho de chuva e eu fechei a janela
já havia me batizado na fumaça.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nome Próprio

Eu acho Tião um rapaz rasteiro.
Nunca conheci um Tião de fazer malandragem
pra dizer que é covarde.


Tião é do tipo
avant-garde.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Os outros que eram mentira.

Acho que gostei do fato de não ter escrito nada durante meses, foram meses lotados de experiências, foram meses repletos de sentimentos. Durante esse tempo que não escrevi, acabei vivendo sentimentos pelos quais esperei todo esse tempo anestésico. Ao voltar a escrever ganho mais um sentimento nobre, nostalgia, ganho nostalgia. Realmente me espanta a total e completa burrice há que escrevo hoje, escreve com frases de efeito, escrevo com correções automáticas. Mais escrevo de verdade.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Contar

Abrir a boca, falar, gritar, engolir um suco doce.
Fiquei rebelde, marginal, solitário no quarto da casa da minha mãe.
Propus-me a escrever, descrever e me manter sem malditos verbos.
Colocar todas as canções monofônicas
Decadência tropical ao suor fedorento de um banho recém tomado.
Progredindo a depressão cheia de estilo forçado em um momento pós sec. XX
Na miséria de um poema modernista cheio de erros já anteriormente revisados.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009